sábado, 31 de março de 2012

Insatisfação com a própria aparência atinge milhares de jovens

Muitos se frustram por não corresponderem à tirania das exigências estéticas da sociedade


A empresa Núcleo Brasileiro de Estágios (Nube) realizou uma pesquisa com mais de 10 mil jovens brasileiros que mostrou dados preocupantes: boa parte de nossa juventude sofre por não corresponder aos estereótipos de beleza propagados. Os participantes poderiam falar de aspectos como sexo, altura, peso, rosto e idade. O estudo foi interessante por não somente mostrar o problema, mas também elencar especialistas que ajudaram, com a análise dos dados, os entrevistados a procurarem a solução certa para cada caso, além de aconselhá-los sobre sua autoestima.O peso foi o tópico com que os jovens mais mostraram descontentamento: 45,51% manifestaram vontade de emagrecer ou de ganhar alguns quilos. Segundo o treinador pessoal Fábio Medina, deve-se tomar muito cuidado com as maneiras “fáceis” de se alcançar ganho ou perda de peso que a todo momento aparecem na mídia. Soluções mais “pé no chão” fazem mais sentido e trazem mais benefícios. “Optar por refeições balanceadas de 3 em 3 horas é uma excelente alternativa. Assim, nos pratos principais a fome será menor, podendo ser consumidos em quantidades reduzidas.” E disciplina faz muita diferença: “Para se livrar de uma vida desregrada é fundamental investir em proteínas e carboidratos, e substituir o fast-food por verduras, por exemplo.” Além disso, ele aconselha alongamentos a cada 30 minutos, pelo menos.A segunda posição na insatisfação ficou com o quesito idade (23,12%), seguido pela altura (19,86%). Logo em seguida, os que não gostam do próprio rosto, com 1.032 jovens que mudariam algo nos olhos, testa, bochechas ou boca. No fim, o gênero: 215 entrevistados (1,98% deles) revelaram que gostariam de ter.
 O que fazer?


Outras pesquisas parecidas também apresentam dados interessantes. A empresa Sophia Mind revelou uma em que 21% das mulheres estão descontentes com o próprio visual – mas 30% dessa parcela não realizam nenhuma atividade física para melhorá-lo.A Universidade Federal Fluminense (UFF) mostrou um resultado incrível em um estudo do mesmo tipo: 100% das mulheres confessaram insatisfação com o próprio corpo. Mesmo as muito magras alegaram querer perder pelo menos 3 quilos. Quanto aos homens, 98% dos pesquisados desejam ser mais fortes.Henrique Tadeu Ohl, psicólogo da área de treinamento do Nube, diz que a adolescência é o período e que a pessoa assume sua identidade e seu novo papel na sociedade, prepara-se para tornar-se um adulto. E, para isso, os jovens avaliam tudo: “Conhecem várias tribos e religiões, fazem vários amigos, idolatram artistas, modelos e políticos para obter o maior número possível de experiências. Com base nelas, dão início à estruturação de sua identidade.”Ohl revela que tais associações têm algumas consequências, como a frustração da pessoa por não corresponder às expectativas da sociedade. Para essas, e mesmo para quem não entrou nessa fase ainda, o psicólogo dá algumas dicas:- Procurar pessoas com ideologias e gostos parecidos com os seus;- Valorizar as próprias características positivas;- Reservar algumas horas da semana para se dedicar aos cuidados com a saúde e com a aparência;- Ter consciência de algo muito importante: não existem duas pessoas iguais. Portanto, ninguém vai atingir 100% das expectativas da sociedade e da mídia mal usada.Para o especialista, o jovem deve avaliar os reais motivos de querer promover uma mudança estética com duas questões simples: a quem realmente deseja atender e por quê?

A ira prejudica a comunicação dos homens

A leveza das tardes de infância não deveria dar apego às brigas infundadas


Dois garotos da mesma faixa etária, vizinhos e amigos. Nessa idade, os laços de amizade são puros e intensos. Nada, no mundo real, parece poder desatá-los. Juntos, eles brincam. A leveza das tardes de infância não deveria dar apego às brigas infundadas. Mas, uma discussão os separa para sempre.
Na cidade de Uberlândia, em Minas Gerais, um menino de 13 anos matou seu vizinho, de 12, com uma facada, após um desentendimento por causa de um jogo de videogame. Ele achou que estaria apenas se defendendo dando um susto no amigo. Só que a faca golpeou fatalmente a outra criança.
ira que está, muitas vezes, presente em temas de jogos eletrônicos – os quais simulam a realidade de campos de guerra e conflitos urbanos violentos – acabou por tomar o garoto naquele momento. Quando levado à delegacia, ele confessou que apunhalou o outro porque já tinha sido desafiado outras vezes.
“Sabeis estas cousas, meus amados irmãos. Todo homem, pois, seja pronto para ouvir, tardio para falar, tardio para se irar. Porque a ira do homem não produz a justiça de Deus.” Tiago 1: 19-20
Não houve tempo para entendimento, a ira destruiu a comunicação entre duas crianças, que apenas brincavam. O garoto tenta justificar o seu ato como resposta à atitude do outro, e não consegue assumir aresponsabilidade do seu comportamento, também raivoso. Há culpa nesse ato? Há remorso nessa criança? Qual a sua opinião internauta? Deixe seu comentário.